quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Mundo da Magia e da Fantasia do RPG

De Alécio

Houve um dia que meu irmão me falou sobre um certo e interessante jogo de mesa. Era o RPG, que significa Rolling Player Game. Disse me que era uma espécie de jogo que permitia entramos num mundo épico, cheio de dragões, guerreiros, elfos, anões, duendes, e as coisas mais estranhas jamais vistas no mundo real e que poderíamos tentar a ação que quiséssemos com o personagem que controlávamos. Resolvemos fazer um teste. Nos unimos e compramos um RPG para inciantes chamado "AD&D Fisth Quest". Não poderíamos imaginar que existia um jogo tão divertido.

O "AD&D Fisth Quest" vinha com um livro de regras e aventuras, encarte magias, um cd, mapas referente às aventuras e dados de 4, 6, 8, 10, 12 e de 20 lados.

O encarte de magias era destinado personagem mago se alguém escolhesse controlá-lo. Neste encarte havia descrições de encantos que o mago poderia praticar, tais como a funções e duração do encanto de cada encanto. Os encantos eram algo como "encanto para diminuir pela metade o tamanho do oponente incluindo a sua força e destreza", encanto de luz permanente o qual ilumina o local como uma tocha na escuridão, etc.

Começamos a jogar sem entender nada de RPG. Me escolheram como mestre do jogo, e fomos então seguindo as instruções do cd. De inicio não foi tão empolgante, pois o cd interpretava os personagens do jogo. Era uma coisa meio que pré-gravada, mas os personagens dos jogadores poderiam morrer em combate. Isso dava um pouco de emoção ao jogo.

Jogamos todas as aventuras (se não me engano foram 3) que vieram no livro. A vontade de continuar jogando era evidente no comportamento dos jogadores que comentavam os acontecimentos da última partida e o que poderia acontecer na próxima. Faziam uma avaliação do que conseguiram conquistar em armas e poder ao longo da aventura.

Como o Fisth Quest era o básico do básico do Advanced Dungeons and Dragons, ao terminar de jogar as aventuras contidas no livro migramos para o modulo mais avançado. Ainda jogávamos usando bonecos num mapa quando descobrimos o sistema de GURPS de RPG. Neste sistema poderíamos usar somente a imaginação. Eu como mestre do jogo, descrevia a situação, os monstros, o ambiente e cada jogador imaginava à sua maneira. As aventuras ficaram muito mais interessantes. Passei usar criatividade e criar minhas próprias aventuras. Também estabeleci maiores ganhos de pontos de experiência para os jogadores que representassem seus personagens como num teatro não só na fala como também nos seus gestos.

Ainda no sistema Gurps, usa-se 3 dados de 6 lados, o que facilitava e simplificava as jogadas, além desses dados comuns poderem ser comprados em qualquer armarinho da cidade.

Nas aventuras que criei, participaram cerca de 7 jogadores. Eram eles, um guerreiro, um clérigo, um mago, um guerreiro índio, um ladrão, um elfo e um anão. Este grupo enfrentaram cobra de sete cabeças, um dragão, magos poderosos, orcs, ogros, monstros da floresta, lobisomens, lobos do deserto, homens lagarto, resolveram enigmas e as mais diversas situações.

Uma das mais interessantes ações num RPG é a de poder dialogar com os personagens do jogo. Os personagens não jogadores, os quais são controlados pelo mestre. Você poderá falar o que quiser e ocasionará uma reação diferente dependendo da natureza do personagem, qual o seu tipo de comportamento, etc. Dados que o mestre sabe sobre ele, fazendo-o agir de acordo.

Vi uma coisa interessante acontecer com as pessoas que jogaram RPG comigo. Elas criaram interesse por lerem livros sobre o tema e passaram a ser pessoas mais criativas. Mas por agora chega. Depois conto o que aconteceu nas aventuras empolgantes que participamos.

Esteja a vontade para comentários.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Entenda a metáfora "Enxergar em Código"

O filme The Matrix de Andy Wachowski e Larry Wachowski, tenta nos mostrar muito mais do que apenas lutas muito bem coreografadas. A que mais gostei foi a metáfora do "enxergar em código" contido na obra. Irei explicar o que entendi sobre esta metáfora. Então vamos lá:

De Alécio

O primeiro filme da trilogia The Matrix foi lançado no ano de 1999, e para a insatisfação de preguiçosos que não gostam de ler, o filme saiu na versão legendada em DVD. Era o inicio da substituição do formato VHS para o DVD e os filmes para este último formato não possuíam versões dubladas. Isso dificultou para os que não gostam de ler legendas nos filmes. Na verdade, também acho chato ter que desviar a atenção das cenas para ler o que dizem os personagens. Mesmo assim o filme surpreendeu e muito a quem entendeu o seu enredo completamente. Quem não entendeu o enredo, gostou das lutas e dos efeitos especiais até então nunca vistos no cinema.

Muitos queixaram-se de não ter entendido a história do filme. Matrix transmitia sua mensagem mais claramente para quem entendia alguns termos de linguagem de computador, tais como c
heats, patches, download, reload, upgrade, update, pois a Matrix é como um sistema operacional gráfico, tal como o Windows ou Linux, e o que muita gente não sabe é que todo sistema operacional é baseado em código de comandos.


Este filme é tão interessante porque dá para fazer analogias com o mundo em que vivemos. 

Bem, o que significa "enxergar em código"? Primeiro vamos imaginar que a internet é a Matrix, e que os usuários que estão conectados na internet são pessoas conectadas na Matrix.
Conectadas na internet, as pessoas também entram num mundo virtual assim como na Matrix, podendo interagir com este mundo através dos seus dispositivos sensoriais externos que são os olhos, ouvidos e tato, enviando informações para a internet através do mouse, joystick, teclado, monitor etc. São dispositivos que trazem e levam informações recebidas e enviadas do cérebro respectivamente.
Já na Matrix esta conexão é feita por uma sofisticação maior. Se dá diretamente ao cérebro por um plug eletrônico conectado na nuca, e como este mundo virtual é percebido pelo cérebro, as pessoas participam dele como num sonho, este sendo tão real que sequer suspeitam que ele é irreal, pois no mundo real eles dormem dentro de casulos cheios de líquidos, com cabos conectados por todo o corpo, os quais alimenta-os, mantendo-os vivos dando troca às máquinas, energia elétrica geradas do calor corpóreo dos humanos conectados, mantendo assim as máquinas "vivas" e em pleno funcionamento.

A Matrix é um mundo virtual que simula as mesmas regras físicas do nosso mundo. As pessoas podem ser feridas e até morrer. Qualquer dano sofrido no mundo virtual, o cérebro faz acontecer no mundo real com o corpo. Se morrer de alguma forma nele, é morte cerebral no mundo real. Não é difícil aceitar isso sabendo que toda comunicação do cérebro se dá realmente por pulsos elétricos.  Mas as regras também podem ser quebradas pelas pessoas que de alguma forma conseguem perceber que há algo de errado com aquele mundo, passando assim a ter a sensação de que ele não é real. Então, aos poucos passam a compreender o sistema, passam a explorar as suas falhas, dependendo da capacidade compreensão de cada mente.
É semelhante ao que hackers e crackers fazem na internet. Há regras, eles as quebram e ficam mais poderosos em relação a outros usuários, além de fazerem downloads de programas que os ajudam (tais como armas ou habilidades na Matrix), e por serem usuários que trabalham também com códigos, passam a ser livres da encenação da aparência do sistema gráfico. A parte gráfica do sistema operacional é que dá aparência agradável ao sistema de código escondendo a realidade e a verdade sobre o mundo para usuários leigos.
Quem usa computador tem que usar obrigatoriamente um sistema operacional. Um dos sistemas operacionais mais usado no mundo, por exemplo, é o Windows, que é um sistema com visual gráfico. O que muitos usuários não sabem, é que todo sistema gráfico é escrito em linhas de códigos, e "enxergar o código" é o mesmo que enxergar o que há por trás do sistema gráfico, por trás da aparência, enxergar a verdade que o sistema de aparências insiste em não nos mostrar, é perceber como tudo funciona, podendo antecipar as suas ações e passando assim a compreendê-lo,  nos dando a possibilidade de quebrar as regras impostas pelo sistema. E em qualquer sistema operacional, quem compreender linha de código poderá utilizar todo o poder do sistema em seu favor.
É o que acontece com os personagens do filme, Morpheus (Laurence Fishburne), Trinity (Carrie-Anne Moss) e em especial o Neo (Keanu Reeves), que é o personagem (o escolhido*) que compreende todo o sistema de maneira tão elevada a ponto de enxergar toda a Matrix em código. Ele acorda, é rejeitado pela Matrix e passa a se conectar novamente nela como um invasor do sistema usando cheats, downloads, upgrades.
No filme, Neo (Keanu Reeves) eleva o seu entendimento do sistema Matrix, a tal ponto de poder quebrar inúmeras regras. Ele é o escolhido. Desde então, dentro da Matrix, ele pode se desviar de projeteis de arma de fogo, correr nas paredes, e ainda elevando o seu nível  alguns degrais mais altos, ele não precisará mais se desviar das balas, mas sim parar elas no ar e depois até mesmo voar, pois tudo naquele sistema passa a ser simples para a sua mente compreender.

Os infratores de regras do sistema são mais fortes que o restante das pessoas que habitam a matrix, pois não possuem a sua mesma percepção, mas nem todos eles conseguem enxergar em código, alguns poucos possuem este dom e são os que ficam mais poderosos no que fazem de melhor, que é quebrar regras do sistema. Alguns podem não enxergar em código, mas podem por exemplo, agirem tal como um atleta que quebram algumas regras e batem recordes consecutivos no ranking olímpico. ou desenvolvem qualquer outro poder sobrenatural. O interessante é que existe pessoas assim no nosso mundo "real". Qualquer atividade anormal que ocorra na matrix, podem ser detectado por programas conscientes e extremamente poderosos chamados de agentes, assim como o Agente Smith (Hugo Weaving), que aparecem caracterizados como agentes o FBI, para eliminar os violadores do sistema.
A primeira matrix foi criada para ser um mundo perfeito para os humanos. Um paraíso para a humanidade adormecida em seus casúlos. Mas por algum motivo, a raça humana rejeitou o "programa perfeito". As máquinas, alegam terem perdido safras de humanos com este programa. Então criaram uma outra matrix baseada no mundo que os humanos viviam, com um dose balanceada de ordem e caos diminuindo assim, muito o índice de perdas. É isto que o filme diz para explicar o porque de a matrix ser uma cópia do nosso mundo imperfeito. As pessoas presas nos casúlos nasceram ali e jamais viveram no mundo real. Deve-se lembrar que muitas pessoas vão preferir viver no mundo irreal do que saber a verdade.

Mas agora vamos sair da Matrix e voltar para o nosso mundo real para sabermos como é possível enxergar em código no nosso mundo real. No mundo em que vivemos, a expressão "enxergar em código" seria compreender ao máximo como funciona o mundo em que vivemos e descobrir como deveríamos conduzir nossas vidas de maneira a atingir um grau superior de aprendizado, como poderíamos interagir com ele desviando das regras, usando-as em beneficio próprio e também para o beneficio da humanidade, assim como um músico que entende tanto de música, que enxerga tudo a sua volta em partituras, possuindo assim, o poder de quebrar as regras mais claras do mundo da música, passando a criar a mais perfeita das sinfonias, esta a qual outros julgariam jamais poderem ser criadas justamente por desobedecer tais regras. Isto pode acontecer em qualquer área, qualquer função, qualquer ambiente. Mas a área que acredito ser a mais poderosa e que deveríamos enxergar em código é a da sabedoria.
E se alguém enxergasse em código a sabedoria? É importante estar ciente de que enxergar em código não é já atingir o saber da coisa, e sim é abrir várias portas de visões, e obter enorme compreensão e grande facilidade para adquirir aprendizado sobre uma função a ponto de interagir com o seu ambiente de forma notavelmente simples. Onde para muitos ter esta capacidade seria impossível, para alguns poucos seria impressionantemente fácil, seria considerado um verdadeiro dom.
Qualquer um pode tentar elevar seu conhecimento ao máximo naquilo em que se quer aprender, mas nunca se sabe se o seu cérebro compreenderá a ponto de obter o dom de "enxergar em código" a sabedoria, que acredito ser o dom máximo que o ser humano pode atingir, mas que quase a totalidade dos homens recusam instintivamente a atingir ou pelo menos entender. a sua importância. A sabedoria se atinge geralmente pela experiência da idade avançada a alguns poucos homens de mente privilegiada (o escolhido*), mas existem inúmeros livros que a ensina e jovens também poderiam aprendê-la e tentar obter este dom mais cedo.
Sim, acredito ser possível enxergar em código no nosso mundo real. Mas isso depende da capacidade de compreensão de cada um de nós. Cabe a cada um o esforço mental para acordar do casulo no qual está aprisionado e aceitar a realidade deste mundo e interagir com ele a ponto de se tornar uma pessoa especial.

* "O escolhido" é o nome que se dá a alguém que de alguma forma foi privilegiado com virtudes ou um dom.

Fiquem a vontade para postar quaisquer comentários sobre o assunto.


Alécio

terça-feira, 8 de julho de 2008

Em Busca da Sabedoria

De Alécio


É sábio afirmar que sempre estamos em busca do conhecimento e da sabedoria. A busca pelo saber é algo constante e ninguém jamais sabe tudo que não precise saber de mais nada. Ela nos dá a capacidade de entender o comportamento das pessoas no mundo e nos diz como interagir com elas de maneira que sua vida valha realmente a pena, tirando proveito das coisas que realmente importa, interagindo com os nossos atos e sentimentos de maneira clara e sem ilusões.

Sabendo disto, o ser vivente e racional deve buscar entender o mundo e o comportamento dos seus habitantes em toda e qualquer área. Habitantes estes que trazem a curiosidade pela sua condução contraditória à proposta de prosperidade e felicidade que todo ser humano busca para si.

A busca maior da mente humana, é a do prazer. E muito bem aventurado é este, quando obtém através do uso do raciocínio, a sabedoria. Que lhes dá o poder de definir o que lhe dará prazer, e não deixar que os seus instintos definam isto de maneira irracional assim como fazem as criaturas do reino animal.

Acho interessante que grande parte dos seres humanos não consigam atingir seus objetivos e viverem felizes, sendo que alguns deles nem mesmo possuem um objetivo. Muitos vivem uma infelicidade travestida de felicidade, e mesmo existindo um caminho certo a percorrer para chegar à prosperidade, ainda assim preferem não enxergar o óbvio, e optam pelo caminho que trará o atraso em suas vidas ou até mesmo, a sua própria destruição.

Todos nós somos dotados de "variações de estado de espírito" que são chamamos de emoções. Algumas destas emoções podem nos aprisionar por curtos ou longos períodos e trazer transtornos comportamentais que atrapalha a nossa boa relação para com o próximo. A paixão e o ódio por exemplo, são emoções que podem aprisionar o nosso raciocínio sobrepondo a lucidez e à razão do ser humano, podendo transformar assim, o seu comportamento por um logo período. Ambos os sentimentos podem nos trazer reações inesperadas que pode prejudicar nossa vida e a relação com o mundo. Cabe ao ser racional controlar seus sentimentos, pois este é provido de consciência esta, que nos dá a possibilidade de controle das nossas emoções e o poder de sobrepujar nossos instintos mais primitivos. Isso não é uma coisa fácil de se fazer, mas através do treinamento constante o seu comportamento sim, pode ser mudado.

Futuramente, irei abordar temas relacionados a sentimentos e sabedoria neste blog.

Fiquem a vontade para postar coméntários sobre o assunto.

Abraços,


Alécio



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